A verdadeira carta

Estou na escuridão e revejo a mudança,

Que me entendas assim, com toda a gentileza;

Não consigo sorrir sem perder a beleza,

Que é falta da alegria, em perda, que a dor lança.

Sinto-me o meu palor e fujo da esperança

Que me saibas ouvir em temor à vileza

Dos meus versos brutais, que o espírito não preza

Com que eu chore, é a amargura intensa, o riso cansa.

Tu és um companheiro, além de ser bom poeta,

Não há como alegrar com alma sorridente

Que hei de sofrer a sombra assombradora e preta!

Sofro-me o coração fraco que eu não sorria...

Sou maldito e não mau, mas absolutamente,

Ergue-te, a minha praia é a maldição sombria!

Lucas Munhoz

(02/02/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 02/02/2016
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