O infortúnio
Apanhe o menestrel seu alaúde
e lance nos espaços as dolências
em raios de luares, nas dormências
que entorpecem o douto e o ser mais rude.
Saltando em meio estrelas, que ele as mude
a posição é certo, pois convence-as!
Extrai da lua as doces lactescências
que são o que mantém sua saúde.
Vê o lastimoso olhar de uma donzela
que há muito, triste, espreita da janela,
e entoa ele do céu os caros versos.
Mas cerram se as persianas de repente,
e pranteia o poeta tristemente
as lágrimas que explodem universos!