AMARGURA.
Então do amor se fez veneno,
Fez-se da paixão o súbito delírio.
E do desejo constante, o efêmero,
Do prazer único, de todo o gênero.
E na boca que já beijei sorrindo,
Vi a dor ao beijar sofrendo.
Diluindo, afogando seu triste oi,
Teu riso era o que nunca foi.
E no exato momento de te possuir,
Não era de exato tanto frenesi.
Só a amargura que me fez sentir.
A loucura que era premente,
Em árido corpo, frio delirante,
Desfez o constante, o êxtase.
Então do amor se fez veneno,
Fez-se da paixão o súbito delírio.
E do desejo constante, o efêmero,
Do prazer único, de todo o gênero.
E na boca que já beijei sorrindo,
Vi a dor ao beijar sofrendo.
Diluindo, afogando seu triste oi,
Teu riso era o que nunca foi.
E no exato momento de te possuir,
Não era de exato tanto frenesi.
Só a amargura que me fez sentir.
A loucura que era premente,
Em árido corpo, frio delirante,
Desfez o constante, o êxtase.