DESAPEGO
DESAPEGO
Une o inútil ao já desagradável
Quem d'amor se ressente por perdê-lo.
Se dorme, todo sonho é pesadelo,
Pois sua amada não é mais amável.
Não obstante, percebe inevitável
O fim de tudo em meio ao seu desvelo:
A trama desenvolve outro novelo
Quando não se perdoa o imperdoável...
Acaba e cada um vai para o seu lado,
Tentando ter o peito sossegado
Mesmo que sua mente não se minta.
Porque toda a esperança que sofrera
Pouco lhe serve quando nada espera
E sequer saiba mais o que lhe sinta.
Betim - 27 01 2016