A(cor)da caneta!
_Ei, acorda caneta; estou precisando de ti!
Sei que é madrugada, minh’alma acordada,
É que aqui dentro de mim; tanta coisa senti,
E a tua assistência me fará mais sossegada.
Os meus pensamentos não pegam no sono,
Minha respiração em estado de desespero,
E a minha imaginação navega tão sem dono,
A janela fechada deixa entrar aquele cheiro.
_Ei, acorda caneta! Sua cor não me importa,
Só preciso escrever; de um desabafo careço,
É que o meu coração é louco e eu o obedeço.
Chegue aqui em minha mão e não te entorta,
Escute-me; ajeite-te juntinho aos meus dedos,
Esboce letras; pinte no papel os meus segredos.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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