Imagem de Markus Gebauer / www.tudoporemail.com
SONETILHO DO INVENTÁRIO
[636]
Certa vergonha na cara,
as cãs na calvície larga,
tonéis de ironia amarga,
alma que amores declara.
A levar tamanha carga,
meu riso amarelo aclara,
e a verdade, às vezes rara,
logo as potocas embarga.
E remo sonhos ditosos:
a ingratos e belicosos
dou pancadas na madeira.
Balas eu não amealho.
Plantarei, por não ser falho,
este grão: paz verdadeira.
Fort., 28/01/2016.
SONETILHO DO INVENTÁRIO
[636]
Certa vergonha na cara,
as cãs na calvície larga,
tonéis de ironia amarga,
alma que amores declara.
A levar tamanha carga,
meu riso amarelo aclara,
e a verdade, às vezes rara,
logo as potocas embarga.
E remo sonhos ditosos:
a ingratos e belicosos
dou pancadas na madeira.
Balas eu não amealho.
Plantarei, por não ser falho,
este grão: paz verdadeira.
Fort., 28/01/2016.