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SONETILHO DO INVENTÁRIO
[636]
 


Certa vergonha na cara,
as cãs na calvície larga,
tonéis de ironia amarga,
alma que amores declara.
 

A levar tamanha carga,
meu riso amarelo aclara,
e a verdade, às vezes rara,
logo as potocas embarga.
 

E remo sonhos ditosos:
a ingratos e belicosos
dou pancadas na madeira.
 

Balas eu não amealho.
Plantarei, por não ser falho,
este grão: paz verdadeira.
 

Fort., 28/01/2016.
 
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 28/01/2016
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