ORGULHO DE SER MATUTO
No meu rancho é tudo simplezinho
Ninguém usa esses telefone bonito,
Quando eu quero falar com o vizinho
Boto a cabeça na janela e dô um grito.
De manhã bebo café bem quentinho
Com uma bolacha doce, que nem pirulito,
O aimoço minha véa faz com tanto carinho
Que eu esborroto a tigela e ainda repito.
Felicidade pra mim é cumê no prato,
Doença eu curo com remédio do mato,
Sem precisar de doutor nem de “checap”.
E assim minha vida é bem mais bela,
Nunca fui ao cinema, não vi novela,
Nem conheço esse tal de “uatizap”.