Porque sou poeta
O conteúdo misterioso que arrasa o meu coração
Dói no meu peito feito facada,
Mas o prazer de senti-lo não é vão,
Mas é o prestígio de lembrar da amada...
O amor de que meu coração padece
Dói misteriosamente e me afaga,
Como se o mistério revelasse
A arma que me acertou: Do anjo, a flecha...
E a esperança de transformar a morte
Na vida que sonhava ser eterna
Faz-me forte para adorar o amor...
Será o futuro um destino tarde?
Estará a vida entre começo e fim certa?
Será que suportar isso é porque poeta sou?