VÍCIO
Viciei-me no corpo teu perfeito,
E nele tive orgasmos delirantes,
Já que senti que então o amor foi feito
Como jamais o tinha sido dantes.
Tudo correu ao meu gostoso jeito,
Que até os próprios olhos meus brilhantes
Me levaram então a ser sujeito
A concordar que éramos amantes.
Oh, que loucura, que prazer, que vício,
De amor que achei que fosse vitalício!
Pois hoje ainda guardo na memória
As juras desse amor que me disseste,
Porém o mesmo se tornou agreste,
De um vício que ficou na nossa história.
Ângelo Augusto