Nas ruas de mim
Canteiros limpos com flores na janela,
As folhas secas do passado são varridas,
Fachadas de emoção em linda aquarela
E na alma doações de sombras despidas.
As ruas de mim têm mão dupla, sabia?
Há quem sobe, além disso, quem desce,
Dia e noite há trafego intenso de poesia,
Sentimento mendigo lá não permanece.
E nas ruas de mim não existe estreiteza,
Placas de Pare para tudo que é mal feito,
Ao coração dou a preferência, ele é prefeito.
Todas as ruas de mim têm saída, beleza?
Estacione onde quiser; e já digo, eu multo!
E me pague ali no escurinho, sem tumulto.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/