Nas ruas de mim

Canteiros limpos com flores na janela,

As folhas secas do passado são varridas,

Fachadas de emoção em linda aquarela

E na alma doações de sombras despidas.

As ruas de mim têm mão dupla, sabia?

Há quem sobe, além disso, quem desce,

Dia e noite há trafego intenso de poesia,

Sentimento mendigo lá não permanece.

E nas ruas de mim não existe estreiteza,

Placas de Pare para tudo que é mal feito,

Ao coração dou a preferência, ele é prefeito.

Todas as ruas de mim têm saída, beleza?

Estacione onde quiser; e já digo, eu multo!

E me pague ali no escurinho, sem tumulto.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 25/01/2016
Reeditado em 26/01/2016
Código do texto: T5523105
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.