A vítima e o vagabundo
Das sombras surge um largo e imenso vulto
E estava na frente do idoso;
Tem, por um capacete, o rosto oculto,
E aperta-lhe o pescoço, habilidoso.
Passe o dinheiro! – diz, com um insulto.
Sem fala, um tanto trêmulo e nervoso,
Sente a mão sem seu bolso, em gesto estulto,
Levar o seu salário precioso.
Desaparece o jovem meliante,
E o pobre idoso segue, ofegante,
Triste e desiludido co’esse mundo.
Seja jovem, adulto ou ancião,
Dia a dia um honesto cidadão
É vitimado por um vagabundo.