PÁGINAS EM BRANCO
________________________________________________
Algumas vezes, eu revejo a minha vida
de pouca guarida e muito desencanto!
Tão longe, um lamento lembro, comovida
- a jovem donzela sofreu um quebranto!
Sonhos eu sonhei, tantos e multicores,
porém, ficaram na poeira da estrada
pobres e cansados, como esses amores,
soprados ao léu, ficaram sem morada...
Hoje, já percorrido tanto caminho,
escuto do coração, triste e sozinho
mudos lamentos...Palavra não nascida...
Afinal, folheio as paginas em branco
e o meu pranto quente, já não mais estanco
na alma tão ferida... choro a minha vida!
___________________________________________________