PÁGINAS EM BRANCO

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Algumas vezes, eu revejo a minha vida

de pouca guarida e muito desencanto!

Tão longe, um lamento lembro, comovida

- a jovem donzela sofreu um quebranto!

Sonhos eu sonhei, tantos e multicores,

porém, ficaram na poeira da estrada

pobres e cansados, como esses amores,

soprados ao léu, ficaram sem morada...

Hoje, já percorrido tanto caminho,

escuto do coração, triste e sozinho

mudos lamentos...Palavra não nascida...

Afinal, folheio as paginas em branco

e o meu pranto quente, já não mais estanco

na alma tão ferida... choro a minha vida!

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Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 04/07/2007
Reeditado em 30/08/2007
Código do texto: T552304
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