A MENINA

Ontem reencontrei uma amiga.
A amiga que há muito tempo não via.
Falo de coisa muito antiga,
da infância, daquilo que havia

no coração de um menino doce
e se perdera. Olhei surpreso para ela,
tão surpreso como se não fosse
verdade, mas uma simples aquarela.

Ontem reencontrei a menina
que amei nos meus dez anos
e a meiguice dela voltou à retina

do menino que um dia cresceria
sem as coisas do amor e os planos
de amá-la como quem jamais esqueceria.