ROSA
Há pouco era uma pequena flor em botão.
Ao abrir-se foi desvirginada pelo beija-flor
Exibindo a cor púrpura da louca paixão,
Lançando no ar o perfume terno do amor.
Agora é um símbolo sagrado e encantador
Que comanda com exuberância a emoção,
Dando vida a beleza da poesia e o coração
De todo homem apaixonado e sedutor.
Agora tem, na verdade, um imenso valor.
Disputada por todo ser andante e voador,
Enciumando outras flores da estação.
Agora vive nos galhos mimosos da canção
Bebendo sereno, brisa, luar, escuridão...
Exposta no magistral jardim do amor.