Anja gótica

És lacrimosa e lasciva,

Que nem a flor cinza é obscura...

Morres, em tua alma escura,

Que um corpo morto lhe priva.

Ó Treva amada, murmura

Alguns clarões, que não vivas

Até chorar, o olho ativa

Macabramente, sem cura.

Lua luzente, latente,

Lunar, luzindo... Luzir!

Luar luzidio, lamenta.

Minha anja bela, inocente...

Quando o sepulcro fulgir,

A dor do sangue é mais lenta.

Lucas Munhoz

(24/01/2016)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 24/01/2016
Reeditado em 24/01/2016
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