Soneto de um rio

Segue o seu curso o rio... devagar vai levando...

Doce, querendo ser salutar, vai lutando...

Tem forças para seguir e segue avançando

Tentando dissolver porcarias boiando

Lixo e veneno nas suas águas carregando

Se revolta e ondas de destruição vai criando

Tudo ironia, água sem vida, a morte devastando

Quem vê chora e vai embora se lamentando

O rio agora está correndo, sangrando...

E a nossa água tão pura vai assim acabando

Quando vamos ter mais consciência? Quando?

Mudaremos de planeta? Fico pensando...

Alguns dos nossos rios já estão secando

E por causa daquele rio eu ainda fico chorando.