Soneto 31 (Dos Rabiscos)
De ponto a ponto são feitas linhas
Traçadas em papel já rabiscado
Que animam o vazio com tais formas
Um encanto de um mundo imaginado
É assim a habilidade da artista
Fazer poesia com riscos e palavras
Encantar, colorir, tudo o que exista
Formar mundos sonhados, sem amarras
Mas se beleza não puder achar
Se tudo for tão débil, decadente
Se ver a destruição em todo lugar
A artista muda assim de repente
Já não vai rabiscar, mas sim criar
Ponto a ponto a beleza antes ausente