Rasa-Vitae...
"...E somos Severinos, iguais em tudo na vida. Morremos de morte igual, da mesma morte Severina..."
(João Cabral de Melo Neto)
Sombras do parnaso em vossa casa
Calíope inquieta, vozes e volúpias
Por tudo, poema e fábula ao acaso
No ritmo do império das Astúrias
Ora, mesmo refrão, mesma frase
O sermão torna-se meio ridículo
Também o texto refém da crase
Como o Rei refém do prostíbulo
Cousas do mundo à mercê do poeta
Poeta à mercê das cousas do mundo?
Sob a lupa da megera, quão imunda!
Logo, substrato do Ego do profeta
Tanto profanado quanto profundo
Ó nada diz do veleiro que afunda!
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Espetacular interação: Mestre Jacó Filho!!!
BUSCANDO A VERDADE
Sei que tenho deus em cada um dos átomos,
Que formam um ser, por irmãos, constituído,
Estruturando no cosmos, por "Cristo", regido,
O grão, que em espelhos ver-se verbo átono...
Mergulhei na mente, pra ser um, em espírito,
E toquei estrelas, que em luz, me pertencem...
Pesquei em oceanos, que sereias convencem...
Flagrei-me onisciente, num instante explícito...
Guardei muito pouco do que vi, na memória,
Mas lembrei de Hermes, com as visões reais,
Que fora e dentro, a terra e o céu são iguais...
Constatei que sermos um, tem toda a glória,
Desde que amemos do homem aos minerais,
Com visões cósmicas que nenhum vale mais...
Obrigado Mestre!