Rasa-Vitae...

"...E somos Severinos, iguais em tudo na vida. Morremos de morte igual, da mesma morte Severina..."

(João Cabral de Melo Neto)

Sombras do parnaso em vossa casa

Calíope inquieta, vozes e volúpias

Por tudo, poema e fábula ao acaso

No ritmo do império das Astúrias

Ora, mesmo refrão, mesma frase

O sermão torna-se meio ridículo

Também o texto refém da crase

Como o Rei refém do prostíbulo

Cousas do mundo à mercê do poeta

Poeta à mercê das cousas do mundo?

Sob a lupa da megera, quão imunda!

Logo, substrato do Ego do profeta

Tanto profanado quanto profundo

Ó nada diz do veleiro que afunda!

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Espetacular interação: Mestre Jacó Filho!!!

BUSCANDO A VERDADE

Sei que tenho deus em cada um dos átomos,

Que formam um ser, por irmãos, constituído,

Estruturando no cosmos, por "Cristo", regido,

O grão, que em espelhos ver-se verbo átono...

Mergulhei na mente, pra ser um, em espírito,

E toquei estrelas, que em luz, me pertencem...

Pesquei em oceanos, que sereias convencem...

Flagrei-me onisciente, num instante explícito...

Guardei muito pouco do que vi, na memória,

Mas lembrei de Hermes, com as visões reais,

Que fora e dentro, a terra e o céu são iguais...

Constatei que sermos um, tem toda a glória,

Desde que amemos do homem aos minerais,

Com visões cósmicas que nenhum vale mais...

Obrigado Mestre!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 23/01/2016
Reeditado em 26/01/2016
Código do texto: T5520199
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