Soneto 26 (O Outono)
Que direi desse tempo de declínio,
quando colhem-se os frutos outonais?
É começo dos tempos invernais,
e por isso um tempo sem fascínio?
Outono é varão tão forte e apolínio
Das folhas que resistem vendavais
Não deve ser tristeza ou fim jamais
Dia da maturidade é seu domínio
Outono é calmaria, contentamento
Das mãos que se reencontram ao caminho
De abraço carregado em sentimento
De beijos tão repletos de carinho
Com ar de aroma cheio de encantamento
Dos outonos, só o amor é o que tenho