*OLHOS INFANTIS
Ao ver-te assim tão triste e solitária,
de olhar sombrio inda que haja sol,
vi a tua imagem descalça, sem sandália,
buscando a luz ofusca de um farol.
A tristeza rondava cabisbaixa
na hora que a luz do sol dormia,
teus olhos castanhos em tom de queixa,
rezava com o ângelus a Ave Maria.
Pobre criança que veio sem pedir
será da vida musa sem orquestra,
e da agonia silêncio que liberta.
O mudo é bom, mas cria com maldade,
alerta na defesa e guarda a lealdade,
nos olhos infantis mira o porvir.
Ao ver-te assim tão triste e solitária,
de olhar sombrio inda que haja sol,
vi a tua imagem descalça, sem sandália,
buscando a luz ofusca de um farol.
A tristeza rondava cabisbaixa
na hora que a luz do sol dormia,
teus olhos castanhos em tom de queixa,
rezava com o ângelus a Ave Maria.
Pobre criança que veio sem pedir
será da vida musa sem orquestra,
e da agonia silêncio que liberta.
O mudo é bom, mas cria com maldade,
alerta na defesa e guarda a lealdade,
nos olhos infantis mira o porvir.