Desmantelo
Já não consigo olhar a luz da lua,
a noite escureceu, não vejo estrela,
em minha solidão não posso vê-la
e não mais tocarei a pele sua.
À noite, então, vagueio pela rua
em busca de em alguém reconhecê-la.
A minha vida agora é um desmantelo,
a minha vida é triste, vaga, crua.
A lua, em negro céu, já nem se esconde,
eu não vou percebê-la, mesmo assim,
pois o meu mundo eu já não reconheço.
O meu prazer perdeu-se, não sei onde,
e um negro céu eu vejo sobre mim.
Talvez eu leia ali seu endereço.