Antro do poetastro
"Longe de mim o egoísmo de dizer que sou poeta, porque nasci poeta"
(Jorge de Lima)
Ego!? poeta torpe sem enredo
Rejuntando teorias e teoremas
Sob as vicissitudes e segredos
Nesse amalgamar do sal-gema
Atreve-se ao bálsamo além-ilha
Nesse rosnar da orquídea-negra
Inaudível ante o rádio de pilha
Nos gametas do occipício negro
Ora, Rei bêbado no purgatório
Ornado de urtiga e de oratória
Nos meandros inúteis do refrão
Adentra na gaveta. Ó hominis-nu!
Tão sonâmbulo à mercê dos urubus
In-sumo semipútrido e sem razão