Teia na porta
Memorias ingratas, faces das noites solitárias,
Uma aranha no chão não maltrata,
Para minha segurança fez uma teia,
Na porta para eu não precisar sair.
Não foi ouro, foi prata, sem glorias,
Um pássaro azul salta,
Para espantar minha tristeza canta,
Do alto, sem ter medo de cair.
Abri umas caixas lacradas, vazias,
Uma a uma esquecidas, apagadas,
Pela minha amnésia, não lembrei,
Voltei às janelas abertas, alegrias,
No jardim, flores cheirosas, coloridas,
Pela manhã, talvez acordarei.