Soneto 24 (O Perdão)
Diz o velho ditado equivocado
Que perdoar é não rememorar
Que é esquecer, da mente rasurar
Limar do coração do ofendido
Mas esse velho adágio jaz errado
As dores da memória vão ficar
Lembranças sempre hão de retornar
Talvez só o tempo o dê por acabado
Se esquecer, então, não sempre acontece
Que será então perdão? É uma escolha!
É firme decisão de que permanece
De tomar toda culpa desta falha
E escolher não lançar mais em sua face
A dor que sei sentir. Perdoar é escolha