LÁGRIMAS CELESTES...
LÁGRIMAS CELESTES...
Diáfanas as nuvens vão passando
Cobrindo vez por outra uma estrelinha
Assim feito uma mãe agasalhando
Do frio a sua pobre criancinha...
A Lua anda sumida e só de quando
Em quando é que aparece bem alvinha;
Talvez ao se esconder fica chorando
Estando ela minguante bem pouquinha...
A chuva debruçando-se da altura
Embaça a noite triste e tão escura
Que chora as suas lágrimas celestes...
Quem sabe são as almas com ternura
Que lavam com labor as amarguras
Deixadas pelo mundo em suas vestes...
Arão Filho
São Luís-MA, 19.01.2016