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Setecentos sonetos. Que loucura!
Em quase trinta anos de poeta.
Me esmero, me dedico na feitura
E olha que não sou nenhum esteta.
Falando de alegria ou de amargura;
Na própria melodia se completa.
Da arte, a inspiração é a mais pura,
A forma de dizer: a predileta!
Meu sonetar na vida é a minha festa;
O tempo, tão sonoro, é o meu embalo,
Que a solidão do verso manifesta...
...Sete centenas, mas, eu não me abalo,
Pois, sei que nesse tempo ainda resta,
Só mais uns sete mil pra dominá-lo.