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Setecentos sonetos. Que loucura!

Em quase trinta anos de poeta.

Me esmero, me dedico na feitura

E olha que não sou nenhum esteta.

Falando de alegria ou de amargura;

Na própria melodia se completa.

Da arte, a inspiração é a mais pura,

A forma de dizer: a predileta!

Meu sonetar na vida é a minha festa;

O tempo, tão sonoro, é o meu embalo,

Que a solidão do verso manifesta...

...Sete centenas, mas, eu não me abalo,

Pois, sei que nesse tempo ainda resta,

Só mais uns sete mil pra dominá-lo.

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 19/01/2016
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