Soneto 22 (O Tempo)
O tempo reina, o relógio não retorna
Tic tac Tic tac e o tempus fugit vai
Já foi verão, no outono a folha cai
É o tempo, senhor rude, que declina
A hora passa marcada, vil tirana
Tempo é sangrento, pai da vilania
Se vence-los, eu não mais morreria
Derrotando o inimigo da fortuna
Mas a derrota vem não para o tempo
Poderoso senhor, todo absoluto
Faz degenerescência e queima o campo
Antes, ao homem quebrado, resta o luto
Valente varão que era tão guapo
Agora ao fim da luta deita morto