Soneto da fausta vida
Megalomaníaca alma no apogeu da cobiça
Excrescente querer que o grande ego incita
O suntuoso Eldorado sua soberba imita
Excelsa torre de babel na presunção iça
Apoteose babilônica em prol da usura mitifica
Obelisco homônimo em auto-idolatria edifica
Na riqueza imensurável a essência definha
Pois na evanescente idolatria cego caminha
Da vida goza na fonte terrena da matriz
A orgia fausta é seu vicioso pleonasmo
No pórtico da tentação tem pronto orgasmo
Doidivanas, o ouro que flama lhe é chamariz
No embuste sutil eleva a pomposa arca
Da raça pedante vindoura há de ser patriarca