Alguém Cobarde

Alguém Cobarde

(Soneto)

Entre as mágoas que dizes que te assomam,

Desditas que carregas doloridas

E que em teu coração foram metidas,

Quis saber quais de mim teu cenho tomam.

Curioso, esperei ver as feridas

Para então entender porque te domam,

Tentar encontrar curas que as carcomam.

De mim, ainda hoje estão fugidas!

Inocente, esperei pelo clarão.

Quis saber se podia esconjurar

As maleitas que tens dentro a minar.

No silêncio, levei um repelão

Ao saber se teu peito afinal arde!

Nada me respondeste alguém cobarde.

André Rodrigues 29/12/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 14/01/2016
Código do texto: T5510788
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