Asas do morcego
"Quando a vela se apaga ao sopro arcano,
Não há paixão que não se apague junto"
Mote - Pedro Mohallem​
As asas do morcego que lá voam,
Que às vezes cobre friamente e assombra
À meia-noite, em um horror da sombra,
Oh meu Deus! Os caninos feios soam!
Quem as tuas feições nunca perdoam
Que pinga a carne, na maldita sombra...
Entra no teu castelo sem alfombra,
Quer um sangue?... Onde os donos já te doam.
Qual agora me assustas quando eu piro?!
Bebe o sangue em pescoço, além do dano;
Mas inda se transforma esse vampiro.
Sangra a goela da dor como um defunto,
Quando a vela se apaga ao sopro arcano,
Não há paixão que não se apague junto.
Lucas Munhoz
(13/01/2015)