O rio da minha cidade, hoje, galgando as margens e provocando muitos prejuízos,
em consequência das chuvas fortes dos últimos dias.

 


GALGANDO AS MARGENS
 
Chove dia e noite e sem dar tréguas,   
Sem compaixão, o meu rio vai galgando 
As margens que depressa vão deixando
De ser duas linhas paralelas.
 
Suas águas sempre claras, calmas,
Agitam-se agora, em feroz turbilhão,
O vento uivante provoca ondulação
E um gélido arrepio de medo na alma.
 
Fustigados pelo furioso caudal,
Os arcos de granito da velha ponte
Firmes, resistem, e logo ali, defronte,
 
Árvores e casas caem no canal...
Me entristece, rio meu, tua revolta,
Tanta riqueza assolada que não volta!
 
©   Ana Flor do Lácio 
   
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 12/01/2016
Reeditado em 07/02/2016
Código do texto: T5508905
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