Soneto da Impunidade
Prisioneiros de nossas próprias vidas
Tanta violência e barbárie nos revolta
Chagas abertas, sangrentas feridas
O crime e o descaso batendo à nossa porta
Viramos escravos de um tempo sem perdão
Sem liberdade, nos refugiamos em nós mesmos
Só vemos morte, covardia, desalento, destruição
A vida banalizada, os jovens perdidos, a esmo
Onde se refugiou a piedade humana?
Onde foi parar a solidariedade, a paz?
O homem não vê que a si próprio engana
Queremos ser seres livres, basta de impunidade
Atos impensados são para seres irracionais
Ajamos com consciência, violência nunca mais!