MORRE-SE QUANDO AS ILUSÕES SE ACABAM

Fui injustiçado pelo próprio berço:

Dormia eu em um ninho de serpentes...

Amando não sabia, eu, do preço

Da morte que busquei na resistência.

Fui vítima de mim, pois fui covarde,

Acreditei demais nas aparências;

Roubaram minha verve, minha arte

Não sabe mais viver, pede clemência.

Não sabe mais viver minha poesia,

Não sabe mais viver a melhor parte

Das ilusões e coisas que eu sentia.

E eu mudo estou aqui quase morrendo

Tentando me levar na nova via

Que a vida construiu com meu tormento.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 10/01/2016
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