MORRE-SE QUANDO AS ILUSÕES SE ACABAM
Fui injustiçado pelo próprio berço:
Dormia eu em um ninho de serpentes...
Amando não sabia, eu, do preço
Da morte que busquei na resistência.
Fui vítima de mim, pois fui covarde,
Acreditei demais nas aparências;
Roubaram minha verve, minha arte
Não sabe mais viver, pede clemência.
Não sabe mais viver minha poesia,
Não sabe mais viver a melhor parte
Das ilusões e coisas que eu sentia.
E eu mudo estou aqui quase morrendo
Tentando me levar na nova via
Que a vida construiu com meu tormento.