Pretinho básico
Era uma vez um sapato preto,
Básico, com aversão em chulé,
Não gostava de perna graveto,
Tampouco a rachadura no pé.
As unhas sempre bem feitas,
Um creme, nem faz tão mal,
As francesinhas são perfeitas,
Num ar asseado, coisa e tal.
Nem joanete, nem calosidade,
Qualquer distorção encrespava.
Então, era maldoso e apertava.
E na elegância firmava amizade.
Tocando-se ao chão; é melodia,
Em pares rimados, qual poesia.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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