O listado da querida Celta
Lá com a dor sangrenta se eviscera,
Tenho ido à sepultura derradeira;
Fecho os olhos, em lar da carne inteira...
Celta, me abraça docemente e espera.
Para uma pálida emoção, que é vera...
Eviscero-me o olhar de uma sujeira,
Mas quero ouvi-la: "Eterna companheira!"
A grande foice da ardentia mera.
De um coração quebrado, quem enterra!?
Ah! Sim, me lista quando eu te aceitar,
Que o meu corpo estripado sempre cerra.
Para chorar, sofrer e até doer,
Aceito-te, na tripa de um arfar...
Eu mereço um caixão que hei de morrer.
Lucas Munhoz
(09/01/2016)