...em terra de Barros

Oh, abismo-duplo sob o holofote

Esse risco de tudo ser poesia

Um poeta louco na travessia

Do deserto com remadas fortes

Mas o veleiro tem asas de barro

Nessa rota da vitae peregrina

Indo Joana d’Arc inda menina

Ó spiritus de Manoel de Barros!

Já num pantanal cheio de saúvas

Pernas de mosquito no suco de uva

Porteira aberta pro gado cantarolar

Sabe-se lá quantos ciscos no olho

Qual pandeiro oco tocará o piolho

Logo, ilha sem farol no além-mar

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 09/01/2016
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