...em terra de Barros
Oh, abismo-duplo sob o holofote
Esse risco de tudo ser poesia
Um poeta louco na travessia
Do deserto com remadas fortes
Mas o veleiro tem asas de barro
Nessa rota da vitae peregrina
Indo Joana d’Arc inda menina
Ó spiritus de Manoel de Barros!
Já num pantanal cheio de saúvas
Pernas de mosquito no suco de uva
Porteira aberta pro gado cantarolar
Sabe-se lá quantos ciscos no olho
Qual pandeiro oco tocará o piolho
Logo, ilha sem farol no além-mar