Karas e Karrancas

Aos que não foram com minha cara...

Explico e reflito, tenho cara-comum

Forjada por Deus, tal a qualquer um

Logo, barro e bronze. Eis a máscara!

Máscara essa, tanto minha quanto tua

Veleiro do S. Francisco com carranca

Não assusta o peixe nem as aranhas

Agora Calíope sem rímel, quase nua

O limão que era doce azedou de vez

Musa ou Mito, mera dúvida do mês?

Outra vez! cara-descarada sem cílios

Dupla-máscara dentre chitas e cetins

Toda cara é de pau oco nesse folhetim

Ó carranca, crânio cônscio e concílios!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 08/01/2016
Código do texto: T5504335
Classificação de conteúdo: seguro