A criança em mim
Preciso controlar esse moleque,
Que vive a perturbar minha existência.
Sempre que eu faço algo ele se mete,
Agindo com deboche e irreverência...
Me faz, as vezes, de marionete,
Com muita agitação e displicência.
Seu multi utilitário canivete,
Corta meus nervos com eficiência.
No fel do tempo mostra só doçura.
...E brinca com a ferida, a cicatriz,
Como se fosse mera travessura.
Coloca nos meus sonhos seu nariz;
Em minha vida tão amarga e dura,
Esse moleque teima em ser feliz!