A criança em mim

Preciso controlar esse moleque,

Que vive a perturbar minha existência.

Sempre que eu faço algo ele se mete,

Agindo com deboche e irreverência...

Me faz, as vezes, de marionete,

Com muita agitação e displicência.

Seu multi utilitário canivete,

Corta meus nervos com eficiência.

No fel do tempo mostra só doçura.

...E brinca com a ferida, a cicatriz,

Como se fosse mera travessura.

Coloca nos meus sonhos seu nariz;

Em minha vida tão amarga e dura,

Esse moleque teima em ser feliz!

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 08/01/2016
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