intimamente
É que o desejo grita pela tez,
Procedente do poro do cerne.
E se repete, uma e outra vez,
Nada faz com que se hiberne.
No silêncio meu eu te precisa,
Como a flor necessita de água.
É que estar deserta me ojeriza,
E minha areia, desejo deságua.
Em sonhos uma brasa apavora.
O ansiar absurdo me consome.
Farragem de sede com a fome.
Querer que toda a alma devora.
Veste-me, despe-me... Apenas.
Insanas tempestades e serenas.
Uberlândia MG
soneto infiel-sem métrica
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