intimamente

É que o desejo grita pela tez,

Procedente do poro do cerne.

E se repete, uma e outra vez,

Nada faz com que se hiberne.

No silêncio meu eu te precisa,

Como a flor necessita de água.

É que estar deserta me ojeriza,

E minha areia, desejo deságua.

Em sonhos uma brasa apavora.

O ansiar absurdo me consome.

Farragem de sede com a fome.

Querer que toda a alma devora.

Veste-me, despe-me... Apenas.

Insanas tempestades e serenas.

Uberlândia MG

soneto infiel-sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 08/01/2016
Código do texto: T5504080
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