A bailarina
A bailarina
São seis horas da tarde e o Sol se inclina
Por trás do cemitério e uma neblina
Suspende-se em fumaça nas alturas
Por entre os mausoléus, as sepulturas...
Um vento frio e manso, passageiro,
Sibila entre as cruzes e o coveiro
Sentado numa lápide murmura:
Que fúnebre esta tarde densa, escura!!!
Embaixo dos ciprestes numa cova
Ainda tão recente, muito nova,
Havia um retrato de menina...
...Que tinha nos cabelos uma trança,
Uma pose graciosa numa dança,
E o riso tão feliz de bailarina...
Arão Filho
São José de Ribamar-MA, 06.01.2016.