Maçã do amor

Fruto do pecado, oh! maldito!

Cubra-te! Isenta-me da culpa!

Esconda-te ou trago-te a lupa

E acho a minhoca, tal perito!

Ao vento obscuro, dou garupa.

Fascino-me sem causar atrito;

Fito-te de perto e fico aflito;

Minha boca, aberta, já te chupa!

És o símbolo do oposto sexo:

Sem encarar-te, alegria não há;

Desejando-te, enlouqueço e findo!

Perante a tu, agora, genuflexo,

O segredo, eis a hora de contar:

Maçãs do rosto vêm me seduzindo!