Rastros da paixão
 
Por quem nos apaixonamos?
Ao que, mesmo, nós amamos?
Quem sabe sejam a fragmentos
Projeções de nossas carências
Visões perdidas que o tempo tenta materializar
 
Talvez seja a alguns pedaços
Que outras mais evidentes os embaçam
E nos instiga a perscrutar
Versões envoltas em mistérios
Promessas vãs sem critério que a emoção quer jogar
 
Parafraseando o Cazuza
“Restos, raspas que nos interessam"
 ...E que nos imobilizará
 
Ferrão fino e invisível
Não sabe o que é possível
Só um futuro o dirá