Soneto do amor correspondido
Não há pleito para o encanto que tanto me inspira,
Qual rubra ave, serena que plaina majestosa e suave,
Em teu deleite me arrebatas até que eu me lave
No orvalho desta noite enquanto a lua suspira.
Os meus versos, singram ao toque forte do vento.
A música nos embala e renova a emoção sem par,
Maviosa rouba-me os sentidos quando ao te amar...
Destilando-me no enlevo do mais nobre sentimento.
Na estação do nosso amor já se pode ver o fruto,
Que floresce e alimenta um sentir absoluto,
Vivido na beleza de cada doce momento.
E quando aparecem as sombras da tristeza,
O amor se protege na mais sólida fortaleza,
Até que se dissipe a tristeza com o tempo.