ELA
ELA
Ela tem algo qu’eu não sei o que é,
E, quando me olha, não sei o que vê...
Só sei que em mim minh'alma grita: sê!
E assim enfim sou movido só de fé.
É ela que, a um só tempo juíza e ré,
Faz do amor pena!... Tem um não sei quê
De misterioso que ao além só se crê.
Tão imenso a amo... Sem medida até.
É algo que nenhuma outra mulher
Nunca jamais a mim poderá ser,
Não importando a dor do que vier.
Tem, portanto, um estranhíssimo poder:
Certo que o caminho, seja qualquer,
Leva-me p'ra ela mesmo sem saber.
Sorocaba - 21 07 2011