TOM SOBRE TOM

TOM SOBRE TOM

Ela chora. Dois olhos d'água ao rosto.

Ele lhe bebe as lágrimas... E sorri!...

Beija-a violentamente aqui e ali

Até da própria dor ela ter gosto.

Ele toma do cinto ao largo posto

E ata seus pulsos bem junto de si.

Cheira-lhe o pescoço, a colibri...

Após, rasga o vestido descomposto.

Suga faminto, pálidos, seus seios...

Mais torturando-a até sentir anseios:

Faz com que implore ser toda desnuda.

Ele a olha... Ela é mais bela que a beleza!

Vê em seus olhos sós a chama acesa

E afinal a possui, confusa e muda.

Betim - 04 01 2016