No sertão

As folhas das árvores ao vento balançam,

Em seus galhos pássaros entoam canções,

Nas águas claras muitíssimos peixes dançam,

E lá dentro de casa gemem violões.

Em alguns pastos dormem ou pastam bovinos,

Os galináceos ciscam no galinheiro,

Nas estradas longas galopam os equinos,

E fuçam em barros os porcos no chiqueiro.

O grande sol brilha no infinito céu de anil,

Onde nuvem branca pelo vento é soprada.

De bonito no meu sertão há coisas mil,

Assim como cada manhã avermelhada.

Ah! Como gosto deste meu grande Brasil,

Que no sertão fiz minha humilde morada.

(Poema escrito em 13/07/1975, aos 17 anos de idade)

Maurício Apolinário
Enviado por Maurício Apolinário em 04/01/2016
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