Soneto

Quando a vida acabar e eu virar pó

No negrume funesto do caixão!

Corpo e alma assim separarão

O que antes era unido em um só.

Nunca mais sentirei aquele nó

Que atravessa e sufoca a garganta,

Por calar minha voz, por vezes tanta

Vivi preso em mim como um jiló.

Mas a vida da gente é bem assim,

Um eterno lutar consigo mesmo,

Sempre em busca de si e ser melhor!

Quando as dores curar dentro de mim,

A minh'alma não vagará a esmo,

Terei paz e sossego ao meu redor.

Agliberto Bezerra
Enviado por Agliberto Bezerra em 04/01/2016
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