Soneto
Quando a vida acabar e eu virar pó
No negrume funesto do caixão!
Corpo e alma assim separarão
O que antes era unido em um só.
Nunca mais sentirei aquele nó
Que atravessa e sufoca a garganta,
Por calar minha voz, por vezes tanta
Vivi preso em mim como um jiló.
Mas a vida da gente é bem assim,
Um eterno lutar consigo mesmo,
Sempre em busca de si e ser melhor!
Quando as dores curar dentro de mim,
A minh'alma não vagará a esmo,
Terei paz e sossego ao meu redor.