SONETO DA PRESENÇA DA POESIA
Tu chegaste, eu percebo o teu perfume,
que abarca esta minh'alma pelo dó,
que é como se eu tivesse todo só
e nada mais valesse fiel lume.
Apertando-me em duro, forte nó,
na garganta doída de ciúme.
Nem a luz natural de um vagalume
iluminar-me pode a vida em pó.
Careço de ti aqueles doces versos
que nascem com o amor dos benfazejos,
lutando com quaisquer olhos inversos.
Dos que inda se mantêm como conversos,
na Lira, mais que Lira, em azulejos,
embelezando teu farto universo.
Tu chegaste, eu percebo o teu perfume,
que abarca esta minh'alma pelo dó,
que é como se eu tivesse todo só
e nada mais valesse fiel lume.
Apertando-me em duro, forte nó,
na garganta doída de ciúme.
Nem a luz natural de um vagalume
iluminar-me pode a vida em pó.
Careço de ti aqueles doces versos
que nascem com o amor dos benfazejos,
lutando com quaisquer olhos inversos.
Dos que inda se mantêm como conversos,
na Lira, mais que Lira, em azulejos,
embelezando teu farto universo.