NAS ALGIBEIRAS
NAS ALGIBEIRAS
Tinha consigo apenas duas moedas
Mais sua caderneta para notas
E, decerto, uma pena e um conta-gotas
Para suas más vistas pôr mais ledas.
Andando saudosíssimas veredas,
Revisita à cidade a alegres rotas
Sem que saiba porquê... A gastar botas
Sob tão róseas floradas d'alamedas.
Senta-se n'um café, pede um pingado...
Que após toma co'o gosto da lembrança
D'aquele que tomava quando criança.
E sorri... Igual parvo ou retardado,
Tendo a si, pois, bem diante do nariz,
Com duas moedas ser quase feliz.
Belo Horizonte - 02 01 2016