Soneto falta de esperança
O abstrato das formas abstratas
Confunde o mais sábio intelecto
De aspirações e inspirações ocultas
Não vistas no palpável entre os dedos.
Sem sentido algum, caminhei pelo orvalho frio
Nem ao menos sei onde cheguei
Concluindo que não tenho para quem voltar
Continuo vivendo por viver.
Estarei amanhã na vida de outro amanhã
A rotina rasgando os últimos sonhos
Como garras de espinhos mais que cortantes.
E lamentarei a falta de esperança
Pois sim, bem sei, ainda não tenho forças
Amanhã, acordarei ao anoitecer.